Estava passando pela rua, mais ou menos no meio da tarde. Na noite anterior, tinha sido horrível¸ uma verdadeira catástrofe, os palestinos tinham invadido um bairro, lançaram diversos tipos de bombas e foguetes, destruindo assim várias casas, praças e estradas. Mas, agora, já estava mais tranqüilo, se é que podemos chamar assim. Ainda era possível ver o desespero e a angústia no rosto de moradores locais, que perderam quase tudo o que tinham em apenas algumas horas. Mas, em um garotinho muito em comum apareceu bem na minha frente como um saco de objetos que não consegui identificar e com um sorriso no rosto.
Meu amigo e jornalista ficou interessado no garoto e foi conversar com ele. O nome dele era Yinon Tubi, de apenas onze anos. Ele era um dos garotos da região que colecionavam restos de foguetes; esperavam o mesmo cair em algum jardim e já iam correndo à procura.
Primeiramente, achei esse tipo de atividade estranha, mas logo vi que era bastante comum naquele local, as pessoas já estavam acostumadas. Resolvemos falar com o pai de Yinon. Ele disse que apoiava o filho nessa brincadeira, pois achava que era uma maneira divertida de controlar o medo, pois transformava um episódio tão triste do dia-a-dia em uma distração para as crianças.
Com o material pronto, eu e meu amigo voltamos para casa e publicamos no jornal onde trabalhávamos essa incomum e ao mesmo tempo inspiradora história.
Thais Saboya - 2ºA
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